domingo, 15 de julho de 2018

ANÁLISE DA CARTA DA TERRA


Análise Crítica da "Carta da Terra"
Débora Barros Andrade

A “Carta da Terra” é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica.  A versão final da Carta foi aprovada pela Comissão na reunião celebrada na sede da UNESCO, em Paris, em março de 2000, depois de 8 anos de discussões em todos os continentes, envolvendo 46 paises e mais de cem mil pessoas, desde escolas primárias, esquimós, indígenas da Austrália, do Canadá e do Brasil, entidades da sociedade civil, até grandes centros de pesquisa, universidades e empresas . Ela busca inspirar todos os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada voltado para o bem-estar de toda a família humana, da grande comunidade da vida e das futuras gerações,objetivando  proteção ecológica, erradicação da pobreza, desenvolvimento econômico equitativo, respeito aos direitos humanos, democracia e paz.
A carta foi escrita com o intuito de inspirar todos os povos no bem-estar de todos os seres vivos e suas futuras gerações.
É notorio afirmar que esse documento, nada mais é que um chamado à toda comunidade para agirmos ,nos sensibizarmos,nos conscientizarmos de que tudo que tirarmos da natureza ,voltará para nós mesmos como algo negativo,considerando que seus recursos são finitos e com a rapidez com que temos consumido ,só acarretará mais problemas num futuro próximo.
No momento que vivemos nossos recursos naturais estão cada vez mais escassos ,mesmo assim o ser humano só pensa em consumir cada vez mais.Os estilos de vida adotados hoje, que prezam pelo consumismo exagerado e o crescimento populacional estão levando a Terra a uma escassez de recursos e extinção de espécies.  Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo compartilhados com todos e as desigualdades estão aumentando a cada dia. Mas para evitar isso temos duas escolhas: ou nos unimos para cuidarmos uns dos outros, o que inclui uma mudança significativa em nossos hábitos; ou então continuamos da forma como estamos e arcamos com as consequências.  Temos conhecimento e tecnologia para abastecer a todos, minimizando os impactos causados ao meio ambiente. Temos desafios em todos os setores, mas para vencê-los é necessário que tenhamos uma responsabilidade universal, onde cada um compartilha da responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. Para tanto, foi organizado um conjunto de princípios ( quatro grandes principios e dezesseis propostas) que visam um modo de vida sustentável.
PRINCÍPIOS
I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DA VIDA
1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.
2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.
4. Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações

II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA
5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.
7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido.

III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA
9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.
10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma equitativa e sustentável
11. Afirmar a igualdade e a eqüidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.
12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, concedendo especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.

IV. DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ
13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes transparência e prestação de contas no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões, e acesso à justiça.
14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
16. Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.

Em suma com esses princípios propostos pela Carta da Terra poderemos buscar um novo começo.  Mas para alcançar esses objetivos é necessário uma mudança de corpo e alma. Todos tem um importante papel a cumprir. É indispensável também a participação de todas as nações do mundo em um compromisso com as Nações Unidas, cumprindo com suas obrigações, respeitando os acordos internacionais existentes e apoiando a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao desenvolvimento.  Dessa forma, é preciso agirmos com serenidade e consciência para tentarmos amenizar os problemas e salvar nosso planeta que é fundamental para a conservação da raça humana. Uma consciência planetária é questão de sobrevivência da humanidade,precisa-se estar atento e sensível a essa questão que envolve a todos.
Cuidar do meio ambiente inicia em nossa primeira casa,nosso corpo e  nossa mente!!!

Fonte:

Carta da Terra






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