Um pouco da história de Ourolândia Bahia
Pesquisa em Ação......
Aspectos Históricos
Município criado em 1989, segundo a Lei de Criação do Município de
Ourolândia Nº50/17 de 13/06/1989, foi desmembrado de Jacobina, cuja história
decorreu da chegada de bandeirantes à procura de minas de ouro na região em
princípio do século XVII. Tendo como primeiro as habitantes as famílias,
Casemiro, Aurora e Dias Gama, estes primeiros moradores começaram a plantar
Cana-de-açúcar para sobreviver, esta Cana era moída no engenho daí estes
moradores resolveram batizar de fazenda Engenho Velho
Posteriormente foi criado, através do processo PL-6202\85, e sua
emancipação política, registrou-se mediante a promulgação da Lei Estadual Nº
50/17 de 13 de Junho de 1989, publicada no Diário Oficial do Estado em
14.06.89. Em razão de existir outra cidade na Bahia o nome foi mudado de Ouro
Branco para Ourolândia, tendo como prefeito na época Antonio Araújo.
Para retratar o civismo e o amor a sua terra natal foi escrito o Hino de
Ourolândia que teve como autor Pedro Edson de Souza, e composição de Ubirajara
Santos. O arranjo musical é de Francisco oliveira e Produção de Geraldo
Oliveira de Souza. Em sua letra o Hino retrata o amor a terra, o vigor do seu
povo forte e trabalhador, as riquezas do solo e as belezas naturais desta terra
abençoada.
Hino da Cidade de Ourolândia
Autoria: Pedro Edson de Souza
Composição: Ubirajara Santos
Arranjo: Francisco Oliveira
Produção: Geraldo Oliveira de Souza
Ourolândia querida nós te amamos
Com toda força do nosso coração.
O teu povo é forte e trabalhador.
O teu solo é fértil e abençoado
O rei sol te cobre de luz e calor.
Todo teu esplendor Ourolândia.
Vem das mãos do criador
Teus belos e verdes campos
Sob um lindo céu de anil
Representas a beleza e a força do sertão.
És a joia do Brasil
O teu nome é uma eterna e constante
Estrela brilhante em nosso pensamento.
Tão profunda quanto o poço verde
É a tua lembrança a cada momento
O teu futuro é claro e radiante
Tens pujança e glória
Teu nome página feliz na história
No seio do nosso formoso sertão
Histórico das Administrações Públicas em Ourolândia – Bahia.
A administração pública vem ao longo dos anos tornando-se cada vez mais
visível com as mudanças ocorridas nas legislações de modo geral. Após a Lei de
responsabilidade fiscal grandes mudanças ocorreram nas administrações públicas
levando os gestores a trilharem caminhos voltados para uma política de governo
pautada nos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
da eficiência. Estes princípios estão contidos na Constituição Federal no seu Art. 37.
Em Ourolândia após sua emancipação política, seguiram-se as
administrações com seus respectivos gestores:
1989 a 1992 – Mandato correspondente ao gestor Sr. Antônio Araújo de
Souza. Vice: Lialdino Barbosa;
Legisladores: Leonidas, Alvenito Barbosa, Juvenal Romão,José
Francisco, Idorlando, MauraFelix, Filomeno Bezerra, Eliud Melo Aurino,
Francisco José, Aécio Rego.
1993 a 1996 – Mandato correspondente ao gestor Sr. Adinael Freire da
Silva.
1997 a 2000 – Mandato correspondente ao gestor Sr. Eliud Freire de
Melo.
2001 a 2004 – Mandato correspondente ao gestor Sr. Adinael Freire da
Silva.
2005 a 2008 – Mandato correspondente ao gestor Sr. Antônio Araújo de
Souza.
2008 a novembro de 2010 – Mandato correspondente ao gestor Sr.
Antônio Araújo de Souza.
2009 a novembro de 2010 – Mandato correspondente ao gestor Sr.
Antônio Araújo de Souza.
Novembro de 2010 a dezembro de 2010 – Mandato correspondente ao
gestor Sr. Petrucio de Souza Matos (Presidente da Câmara Municipal).
De Janeiro a Outubro de 2011 – Mandato correspondente ao gestor Sr.
Cícero Gomes de Oliveira (Presidente da Câmara Municipal).
Outubro de 2011 a dezembro de 2012 – Mandato Suplementar
correspondente a gestora Srª Yhonara Rocha de Almeida Freire.
2013 a 2016 – Mandato correspondente a gestora Srª Yhonara Rocha
de Almeida Freire.
2017-2020- Mandato
correspondente ao gestor João Dantas de Carvalho
Aspectos Geográficos
O município de Ourolândia está localizado na mesorregião denominada
Centro Norte Baiano, na microrregião de Jacobina e ocupa uma área de
1.489,243km², distribuída entre 2 Distritos e 21 comunidades rurais (povoados).
Localizase a 416 km de distância da Capital, Salvador. O Município está localizado
na região de planejamento do Piemonte da Diamantina do Estado da Bahia,
limitando-se a leste com o Município de Jacobina, a sul com Várzea Nova e Morro
do Chapéu, a oeste com Sento Sé e Umburanas, e a norte com Mirangaba. (Fonte:
cprm.gov.br )
Como chegar a Ourolândia partindo de Salvador? Partindo pela BR-324
sentido Feira de Santana, continuar seguindo pela mesma BR, passando por
Tanquinho de Feira, Riachão do Jacuípe, Capim Grosso e Jacobina, daí segue pela
BA-368 por mais 77 km até a localidade.
Pertence ao Território de Identidade Piemonte da Diamantina composto
pelos municípios de: Caem, Capim Grosso, Jacobina, Mirangaba, Ourolândia,
Saúde, Serrolândia, Umburanas, Várzea Nova, Miguel Calmon.
Com clima semiárido a seco tem sinais do clima Tropical Chuvoso com
Estação Seca, com altos riscos de ter prolongados períodos de estiagem, o
município faz parte do “Polígono das Secas”. Possui uma temperatura média anual
de 30,1°, concentrando os períodos chuvosos entre os meses de novembro a janeiro, apresentando uma
pluviosidade média anual entre 400 mm a 600 mm. Em Ourolândia o clima
prevalecente é conhecido com um clima de estepe local. Ao longo do ano existe
pouca pluviosidade em Ourolândia. De acordo com a Köppen e Geiger o clima é
classificado como O Município de Ourolândia é constituído essencialmente por
rochas sedimentares representantes das formações Morro do Chapéu e Salitre.
Coberturas quaternárias ocorrem em uma área extensa na porção central e
oriental do município, sendo constituídas por areia com níveis de argila e
cascalho e crosta laterítica, brecha calcífera e calcrete, além de coberturas
residuais do tipo areia argilosa e argila.
A formação Morro do Chapéu é caracterizada da base para o topo, pela
ocorrência de conglomerado, arenito conglomerático e quartzo arenito; arenito
fino a médio, em parte feldspático, além de arenito feldspático com níveis
milimétricos de pelito. A formação Salitre sobreposta é caracterizada pela
presença de calcilutito, calcarenito e tapetes algais, sotoposto a calcilutito
e calcarenito com níveis de silexito, dolomito, arenito e pelito. Predominam
solos dos tipos latossolos e cambissolos eutróficos. Localmente são
identificados neossolos
Registram-se ainda relevo com extensas zonas de chapadões, baixadas e
esparsa drenagem, representada, principalmente, pelos rios Jacaré e Salitre.
Tem em seu relevo elevações típicas de planalto com altitudes altitude
não ultrapassa os 200 metros. Sendo constituída por altiplanos e serras da
cadeia do Espinhaço, escarpas, ombreiras, cristas e serra residual, além de
vertentes esplanadas.
O uso intensivo e indiscriminado dos solos, nas
regiões semi-áridas de Ourolândia, normalmente provoca degradações adicionais,
com a eliminação da camada produtiva, tornando-os incapazes de sustentar a
vida. É o que atualmente é chamado de desertificação. No geral, as causas mais
comuns de degradações observadas são o uso do fogo, o desmatamento, o uso de
fertilizantes e produtos químicos.
Sua vegetação principal é do tipo caatinga arbórea aberta ou densa, com
ou sem palmeiras, e poucos terrenos contendo contato caatinga-floresta
estacional. Constituída ainda de: São João; quebra facão, birro, umburana,
barriguda, imbuzeiro, pau de rato, imbuzeiro, cassutinga, jurema, unha de gato,
angico, baraúna e etc. As ocorrências minerais existentes são mármore,
manganês, cromo, pedra para construção, calcita e cristal de rocha.
Quanto à hidrografia, o município é banhado pela bacia hidrográfica do
Rio Salitre, também conhecido pela população do município como Rio Veredas. O
rio localiza-se em um pedaço da região norte da Bahia, passando a existir na
localidade conhecida como “Boca da Madeira”, em plena Chapada
Diamantina(norte), no município de Morro do Chapéu - BA, desaguando no Rio São
Francisco (Velho Chico) na comunidade de Campos dos Cavalos, município de
Juazeiro-BA.
O problema de insuficiência de água no Salitre se fixa no contexto
extenso da gestão dos recursos hídricos da Bacia do Rio Salitre. Essa área
engloba parte dos municípios de Campo Formoso, Jacobina, Juazeiro, Miguel
Calmon, Mirangaba, Morro do Chapéu, Ourolândia, Umburanas e Várzea Nova,
abrangendo uma área de 1.346.793 hectares.O rio que era Perene na região de
Ourolândia, morreu devido a quantidade de água armazenada em sua barragem, que
atualmente extima-se em 4 milhões de m³.
Fotos da pesquisadora Débora Barros: Fotos da 1ª a 5ª, Rio Salitre, Poço Verde e Toca dos Ossos
08/07/2018
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Assim como acontece nas demais cidades do Piemonte da Chapada
Diamantina, os moradores de Ourolândia têm consciência das belezas naturais da
região e recebem com simpatia os turistas adeptos do ecoturismo. Atrativo
natural é o que não falta, a começar pela Pingadeira, um ponto de banho sem
igual que fica a 6 km da sede do município. Suas águas mornas fazem o
turista relaxar e esquecer o tempo.
É na Chapada Diamantina onde o ecoturismo mais se destaca. A geografia
da região, a abundância de rios, cachoeiras, corredeiras, serras, grutas e o
clima místico que a cerca contribuem para torná-la uma das áreas mais
apropriadas do país para a atividade. Para conhecer os encantos da Chapada
Diamantina, é indispensável percorrer as trilhas, por onde se pode desfrutar de
autênticos paraísos ecológicos, ricos em flora e fauna.
O cenário montanhoso da região abriga uma extraordinária variedade de
ecossistemas onde bromélias e orquídeas escondem-se à sombra de aroeiras e
umburanas, enquanto as sempre-vivas florescem nos campos dos gerais, em
ambiente privilegiado, adaptando-se às diferenças de clima, altitude e solo.
Nas áreas elevadas, de clima semiúmido, predomina o cerrado, mais conhecido
como “gerais” e nas encostas e superfícies arrasadas, áreas mais baixas e de
clima mais árido, a caatinga.
Com mais de 50 tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras que, de abril
a agosto, embelezam os cenários, enquanto os ipês florescem em setembro e as
quaresmeiras no período da Semana Santa, a Chapada Diamantina fica florida
durante o ano inteiro. A região possui também muitas plantas usadas para fins
medicinais. Da fauna, as aves são os animais que mais chamam atenção na Chapada
Diamantina, pois, além de serem bastante coloridas e emitirem sons chamativos,
estão, em sua maioria, ativas durante o dia e muitas delas são fáceis de serem
visualizadas. Foram registradas mais de 150 espécies de aves. Muitas destas
ocorrem em várias outras regiões do Brasil, como as garças, anuns, bem-te-vis, beija-flores,
papa-capins, enquanto outras espécies são típicas do nordeste brasileiro como o
cardeal e o bico-virado-da-caatinga.
A maria-preta e o bico-de-veludo são duas aves bastante comuns nos
campos rupestres. Mas, os beija-flores chamam mais a atenção: o
beija-flor-gravatinha vermelha, que é endêmico da Chapada Diamantina e tem sido
observado apenas em áreas com altitude superior a 1000 m; o
beija-flor-vermelho, o beijaflor-de-rabo-branco e outros. Outra presença
marcante nos cerrados é a pernalta seriema. O carcará e o chima-chima são aves
rapineiras fáceis de serem vistas.
Nas áreas de mata, onde a vegetação é mais densa, é mais fácil detectar
a presença das aves pelos seus sons do que vê-las diretamente. É o caso de aves como a surrucuá, alma-de-gato, japu, escarradeira, sanhaços e
várias outras. Uma das espécies de aves mais característica e fácil de ser
vista na caatinga da Chapada Diamantina é o periquito-vaqueiro ou suiá. Outra ave sempre presente é a picuí, uma pequena pombinha de coloração cinza
claro, que sempre é vista aos pares no solo, procurando pequenas sementes para
se alimentar. Entre os animais encontrados na rica fauna da região estão: tamanduá bandeira, tatu canastra, mico, macaco prego, gato selvagem, capivara,
quati, luís caixeiro (porco-espinho ou ouriço caixeiro), cutia, paca,
onça-pintada, arara, curió e inúmeros tipos de répteis. As serras, em determinadas
áreas, oferecem sustento a jaguatiricas, onças, mocós, veados, teiús e
seriemas.
Algumas espécies estão ameaçadas de extinção, principalmente devido à caça.
Outro percurso muito interessante é a Toca dos Ossos, que dispõe de
diversos km de cavernas e a cada metro andado uma nova descoberta. No local,
situado a 5 km da sede, foi encontrado diversos fósseis de dinossauros que hoje
estão expostos no Museu Nacional do Rio de Janeiro. No meio da caatinga, o
turista pode encontrar ainda o Poço Verde, com suas águas transparentes, que
guarda um grande mistério. Sua profundidade jamais foi alcançada pelo homem. O
local já foi visitado por diversos canais de televisão e revistas.
Fonte:
PREFEITURA MUNICIPAL DE OUROLÂNDIA.SECRETARIA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE.PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO,2015.
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